Eu comecei Strawberry Kiss achando que seria só mais um BL fofo e clichê, mas logo nos primeiros capítulos percebi que tem muito mais por trás da história. A trama gira em torno de Ageha, um garoto reservado que vive escondendo quem realmente é, e Kaede, o tipo de pessoa que parece leve e despreocupada, mas que acaba se envolvendo com ele de um jeito inesperado.
O que mais me prendeu foi a solidão do Ageha. Ele tenta manter distância de todo mundo, não por frieza, mas por medo, medo de ser rejeitado, de ser visto como diferente. Dá pra sentir o quanto ele carrega o peso de ser quem é, e isso me deixou com o coração apertado em várias partes. Já o Kaede é aquele contraste que a história precisava: curioso, direto, e ao mesmo tempo doce. Ele se aproxima do Ageha sem julgamentos, e é nessa aproximação que o enredo começa a realmente ganhar forma.
O relacionamento dos dois é uma mistura de tensão, desejo e carinho, e o autor consegue equilibrar isso muito bem. Tem momentos intensos, outros delicados, e até algumas cenas mais quentes, tudo faz parte da construção da relação entre eles. A química é forte, mas o que me encantou mesmo foi como os sentimentos vão crescendo de forma sutil, entre olhares, silêncios e pequenos gestos.
A arte também é linda. As expressões dos personagens transmitem muito — o olhar do Ageha quando tenta esconder o que sente, ou o sorriso do Kaede quando finalmente o faz baixar a guarda. É visualmente bonito, mas também emocionalmente envolvente.
No fim, Strawberry Kiss é uma história sobre dois garotos tentando se entender num mundo que os julga por serem diferentes. É sobre medo, aceitação e o desejo de ser amado como se é. Não é um BL “leve”, mas também não é só drama — tem uma doçura sincera que faz jus ao nome.
Eu terminei os capítulos com o coração quentinho e um pouco apertado, querendo mais dos dois. É o tipo de história que te deixa pensando depois, principalmente por mostrar que o amor pode nascer mesmo em meio ao medo e à insegurança.
Sinopse: Bem-vindo ao Cakeverse! Se alguém perde o paladar durante a adolescência, é diagnosticado como um Garfo. A única maneira de os Garfos sentirem o gosto de qualquer coisa é consumindo Bolos, pessoas que têm um cheiro e sabor doces para eles.
Ageha odeia ser um Garfo e faz de tudo para evitar os outros, a fim de manter seus instintos sob controle. Mas quando seu popular colega de escola, Kaede, o visita na enfermaria um dia, Ageha percebe um aroma doce. Achando que está sonhando, ele se entrega completamente aos seus desejos. Mas quando acorda, percebe que Kaede é um Bolo que agora descobriu a identidade de Garfo de Ageha!
Se Ageha quiser manter em segredo o fato de ser um Garfo, precisa ceder aos desejos de Kaede. Mas como os fluidos de Kaede são a única maneira de Ageha sentir o gosto de qualquer coisa, esse arranjo acaba sendo extremamente vantajoso para ambos!
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